O Açúcar Estimula O Crescimento De Tumores Malignos

O açúcar estimula o crescimento de tumores malignos
© DR O açúcar estimula o crescimento de tumores malignos

A ligação entre o açúcar e o cancro já era conhecido pela comunidade científica. Mas só agora, graças a um grupo de investigadores belgas do Vlaams Instituut voor Biotechnologie, do KU Leuven e do Vrije Universiteit Brussel, se percebeu como esta ligação realmente funciona. A explicação foi agora publicada na revista Nature.

Tal como todas as células do corpo humano, também as células cancerígenas necessitam de energia para funcionar, que retiram do açúcar ingerido. A diferença é que estas células consomem muito mais glucose que as células saudáveis, assim como também a decompõem muito mais rapidamente.

O estudo, iniciado em 2008, vem esclarecer a estreita relação entre este facto – conhecido como o efeito Warburg - e o rápido crescimento do cancro observado nalguns casos. "A nossa pesquisa revela como o consumo hiperativo de açúcar das células cancerígenas leva a um ciclo vicioso de contínua estimulação do crescimento e desenvolvimento do cancro", explica o professor Johan Thevelein.

Os investigadores apontam as "consequências devastadoras" destes resultados para os planos de dieta dos atuais e futuros pacientes oncológicos, assim como para o futuro da investigação. "Esta ligação entre o açúcar e o cancro tem consequências radicais. Os nossos resultados fornecem uma base para pesquisas futuras neste domínio, que agora podem ser realizadas com um foco muito mais preciso e relevante", acrescentam.

Esta conclusão nasceu da observação da ação de células de levedura em contacto com açúcar. Tal como as células humanas, a levedura contém uma proteína - a Ras – que pode tornar-se cancerígena após sofrer uma mutação. "Observámos na levedura que a degradação do açúcar está ligada à ativação de proteínas Ras através do intermediário Frutose-1,6-bisfosfato, que estimula a multiplicação tanto de células de fermento como de cancro. É impressionante que este mecanismo tenha sido conservado durante a longa evolução da célula de fermento para a célula humana", dizem os investigadores.




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