Coronavírus: O Que Sabemos Deste Vírus

O Coronavírus é um vírus que infeta seres humanos, pássaros e mamíferos. Ataca o sistema respiratório e pode ser fatal.
Coronavirus: o que saber

O Coronavírus foi identificado em meados de 1960 e é conhecido por infetar seres humanos e animais (nomeadamente pássaros e mamíferos) sendo as células do trato respiratório e gastrointestinal o primeiro alvo. 

Este é um novo surto de síndromes respiratórias ligadas a um novo Coronavírus que surgiu em Wuhan, na China (1) e que a OMS já batizou de “Coronavirus 2019-nCoV.

sintomas causados pelo coronavírus

Coronavírus: sintomas
O período de incubação deste vírus é de 2 a 7 dias em média, podendo chegar a 14 dias. Os sintomas são mais fortes do que uma gripe e incluem (1):
  • Febre
  • Dor
  • Mal-estar geral
  • Dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar
20% destes sintomas podem evoluir para uma doença mais severa como pneumonia e falência respiratória.

Como se transmite o coronavírus?

A transmissão dá-se por:
  1. Gotículas transportadas pelo ar, espirros, tosse, catarro ( como em uma gripe ou constipação);
  2. Contacto como aperto de mão ou contacto com superfícies ou objetos contaminados, seguido de contacto com boca, nariz ou olhos;
  3. Fomites ( talheres, copos, toalhas, roupas);
  4. Fecal-oral (por incorreta higienização das mãos ou do alimento, que pode estar em contacto com fezes).
Neste surto, as suspeitas estão no consumo de uma sopa de morcegos e de cobras, comuns naquela região (2).

Coronavírus: grupos de risco

Coronavírus: grupos de risco
Todos podem ser infetados, em especial imunocomprometidos, pessoas com doenças cardíacas e pulmonares, idosos e crianças (1).

Diagnóstico da presença do coronavírus

Tendo em conta que as autoridades chinesas já identificaram a assinatura genética do vírus, é possível identificar a sua presença. Para tal, é necessário haver uma avaliação clínica dos sintomas e, em caso de suspeita, são realizadas análises sanguíneas, a fezes ou secreções nasais que são analisadas através de testes laboratoriais como PCR em tempo real (3).

Tratamento

Ainda não há tratamento específico, nem vacina contra o vírus. Assim, a OMS recomenda que procure atendimento médico o mais rapidamente possível quem:
  • tenha visitado a China
  • tenha tido contacto com alguém que lá esteve lá nos últimos 15 dias;
  • tenha tido contato com outros doentes;
  • tenha algum dos sintomas aqui apontados (1).

Formas de se precaver contra o coronavírus

Parasitas intestinais: sintomas, prevenção e tratamento
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as recomendações passam por: (2)
  • Lavar as mãos com frequência, com uma solução à base de álcool ou água e sabão
  • Ao tossir e espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ou tecido flexionado. É importante colocar o tecido no lixo e lavar bem as mãos
  • Evitar contacto próximo com quem tem febre e tosse
  • Se tiver febre, tosse e dificuldade em respirar, procurar atendimento médico com antecedência e partilhar o histórico de viagens anteriores com seu médico
  • Ao visitar mercados em áreas com casos de Coronavírus, evitar o contato direto desprotegido com animais vivos
  • O consumo de produtos de origem animal crús ou mal cozinhados deve ser evitado. Carne crua, leite ou órgãos de animais devem ser manuseados com cuidado, para evitar a contaminação cruzada com alimentos não cozinhados – conforme as boas práticas de segurança alimentar.

Como começou o surto do coronavírus na China?

No dia 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi informada de alguns casos de pneumonia em Wuhan, na China, de origem indeterminada. 

Até 3 de janeiro de 2020 já estavam confirmados 44 casos, sendo que o agente causador ainda não tinha sido identificado.  

No dia 7 de janeiro foi isolado um novo tipo de Coronavírus, no dia 13 comprovado o primeiro caso com esse novo vírus. Em 20 de janeiro foram confirmados 282 casos e 25 mortes, incluindo China, Tailândia, Japão e Coreia. Todos os doentes eram provenientes de Wuhan (2).

A história do Coronavírus

Este não é o primeiro surto deste tipo de vírus. Em 2002-2003 surgiu um Coronavírus associado à síndrome respiratória aguda (SARS-CoV), o vírus que infetou 8 096 pessoas, causando infeções pulmonares graves e 774 mortes.
Os morcegos foram a provável origem do vírus, que se espalhou para outros animais, como  civetas ( uma espécie de furão asiático), texugos, cães e cobras, vendidos como alimento nos mercados húmidos de Guangdong, na China.
Pessoas a manipular ou a consumir esses animais exóticos foram infetadas e espalharam o vírus através da transmissão de pessoa para pessoa (2).

Fontes

  1. Centro Europeu de Controle de doenças. Disponível em: https://www.ecdc.europa.eu/sites/default/files/documents/Risk-assessment-pneumonia-Wuhan-China-22-Jan-2020.pdf
  2. Organização Mundial de Saúde. Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
  3. Direção Geral de Saúde. Infeção pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). 2020. Disponível em: https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/orientacoes-e-circulares-informativas/orientacao-n-0022020-de-25012020-pdf.aspx

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